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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Amores


Muitos amores começam assim:
No meio da noite, sem explicação...
De uma melodia ao luar no sertão
E vêm... (E esse amor achegou em mim!)

Alguns amores de longe se avistam...
Eternizam-se em suaves momentos
Talvez sejam desses que se registram
Nas palavras de poetas... Em ventos

Que singram mares... Em fins de verão...
Plantando semente em um coração...
E brotam... Nas pétalas de uma flor...

Desses amores... Versos sem pudor
Murmuram aos ouvidos dos amantes
_ Alguns amores vivem mais que instantes!


Charme da morte

Vai-se meu único amor na sangria
Da noite... Minh’alma, também, sem cor
Expira nesse instante de agonia
A chorar: _Sou uma defunta flor!...

Fragrância de velas no corpo amado
Travam-me o sorriso do coração
(Resta-me o canto da morte)!... Então
Meu seio murcha e pende enfeitiçado

Assim saio da vida que se sonha...
Em que outrora ergui cálices ao amor!...
A alma, olhos plácidos, sem dor...

Pulsa num último olhar... Em vão!...
Profiro adeus aos meus!... A morte_a mão
Estendida a me chamar!... Parto... Risonha!.

Olhar de fogo

Negros, meus olhos ganham os encantos
Dos requebros, dos desejos acesos
Que teus beijos deixam neles presos
Em volúpias de carinhos tantos

E os ganho!... E posso negar a meu corpo
Que teu barco atraque em seu febril porto?
Ah! Cativos, das ondas desse (a)mar
Lançam-se em teu corpo a nadar

São eles que me conduzem as mãos
Das coxas à tua virilha quente
(Já teu membro teso meu corpo sente!...

Dos olhos soluçam gemidos sãos...)
E meus seios em desordem na blusa
Olham tua boca e pedem: _ Me abusa!