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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O amor de Maria e João



A primeira vez em que vi João 
Brincaram meus olhos numa canção 
Gestos caboclos... na tarde do dia 
Seios aos pulos, disse-lhe:_ Sou Maria!...  
‘Stava eu o coração amando as flores 
Quando João em suspiros de amores 
Desabrochou-me as pétalas à lua
Vi-me balbuciando:_ Amor, sou tua!...  
E as folhas nos galhos do cajueiro 
Indo e vindo num roçar ligeiro 
Nós, autores da cena, nus ao luar  
Entregues ao simples ato de amar!... 
Porém um dia... Ouvi de João: 
_Adeus!... Oh, Maria, não chores, não!...


terça-feira, 3 de novembro de 2009

Flores silvestres




Amo as flores silvestres, fulgurantes
Ao sol que se abre num sentimento
Milenar. Há em tudo um lirismo dantes
Da matina. É a vida em movimento.
Femininas flores ornando o seio
Da capoeira, num olhar que me atinge
Neste céu azul, que ameninado finge
Não notar ser fragrância desse meio.
E minh’alma ávida de deleite
Comporta que meu coração se deite
Nesta aquarela _ mais macia cama!
Assim sigo meus dias: Uma chama
De paz me leva longe... Grita: Avante!
E vou... Levando este peito amante...