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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Os bons ventos do sertão

Aqui onde moro é longe do mundo
Mas sempre o vento corre favorável
Entre os galhos içando a voz amável
Colhendo os frutos prontos, num segundo

Os olhos das mocinhas à janela
Tais retratos duma florida tela
Relembram de namoros ao portão
Quando do pai se tinha permissão

O chão, as casas, as pracinhas com flores
Onde os velhos contam de seus amores
Pincelam em mim uma tinta amada

E em meus olhos não caminha mais nada
Já tenho um céu azul um branco luar
E um bem querer no peito para amar

domingo, 10 de janeiro de 2010

Fidelidade




                                                  Foto Google
Fiel! Minha alma te tem no peito
Certa que te amou até tua morte!
Olhou teu corpo deitado no leito
O verso- vivo! O corpo- sem norte!


Como morta em instinto animal
Sobrevivo apenas- na poesia
Que vale a vida sem madrigal?
Colho as horas mortas- fim do dia!


Aqui estou... Quanta aflição na alma
Seguindo... Sem teu olhar sem tua calma
Por vezes uma angústia invade-me


E tão íntima profunda saudade
Desenha-me um céu turvo pesado
Querendo me levar a ti, meu amado!